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quinta-feira, 31 de março de 2011

O chá das cinco



Estamos nos aproximando de um dos eventos mais comentados pelos tablóides. Evento este no qual todas as câmeras e flashes estarão caçando o, quem sabe, futuro casal real da Inglaterra. Refiro-me ao casamento do príncipe William e da plebeia Kate Middleton.
Lembrando do casamento dos pais dele, príncipe Charles e Lady Diana e, tempos depois, do príncipe Andrew com Sarah Ferguson, podemos dizer que literalmente o país para pra acompanhar a cerimônia, a chegada, a saída da igreja, a saudação na varanda do Palácio de Buckingham.
Tudo que diz respeito ao atual casal é notícia. Eventos, roupas, sapatos, chapéus, o famoso anel que pertenceu a Diana, a viagem de lua de mel...Ufa!!! Não para de veicular novidades.


Eu posso dizer que quando ouço falar em Inglaterra a última coisa que me vem à mente é sobre o casal. Mas eu lembro, e muito, do famoso chá das cinco.
Na curiosidade fui pesquisar sobre o assunto e descobri que o chá das cinco foi instituído no ano de 1661, quando o rei Charles II casou com Catherine Bragança. Ela trouxe esse costume consigo de Portugal.
Hoje em dia o chá das cinco não é exatamente às cinco horas da tarde, mas em torno de. Com o horário de saída do trabalho às cinco, quem consegue tomar chá em pé no metrô?
O fato é que os ingleses são loucos por chá, assim como vemos nos filmes americanos que estes são loucos por café (sempre com um copinho de café pra viagem na mão).
O chá inglês vem da Índia, e pode ser bebido puro, com leite (argh!!!! Detestei!!!) com ou sem açúcar. Vem ainda acompanhado pelo bolo inglês tradicional ou simplesmente um biscoitinho.
O ponto é: bebe-se chá sempre que se pode. De manhã, à noite, no "tea break" na hora do trabalho.


Deixando de lado o jeito  pomposo inglês, podemos dizer que tem lá suas vantagens tomar o famoso líquido. 
O chá é um estimulante quase sem calorias, quando bebido puro; contém antioxidantes e bioflavonóides que reduzem o risco de câncer, doenças do coração e derrame cerebral; os taninos podem fornecer proteção contra a cárie; tem efeito diurético (as pessoas que querem emagrecer sempre o inclui na sua dieta).
E só mais uma curiosidade: metade do chá consumido no mundo é vendido em saquinhos e este método foi inventado por um comerciante de Nova Iorque em 1904.


Portanto, seja o chá preto, verde, branco, de ervas em geral, seja porque você gosta do sabor ou por questão de saúde, vale a pena incluir algumas xícaras de chá em sua dieta regular.
E então, vamos tomar um chá?



Se inglaterra me lembra o chá, chá me faz lembrar desse desenho que eu assistia quando criança e adorava. Espero que ele te traga bons momentos também. =)











quarta-feira, 30 de março de 2011

Receita Internacional - Dando um olé na laranja



O pudim nosso de cada dia tem suas variações. O famoso pudim de leite, mais precisamente de leite condensado, já se transformou em pudim de chocolate, de queijo (argh!!!), de coco, de café, de frutas cristalizadas... E qual foi a minha surpresa ao descobrir que o pudim de laranja faz parte da culinária espanhola?
A receita original espanhola leva os mesmos ingredientes que o nosso pudim "abrasileirado", e nosso modo de preparar é bem mais fácil.
Vamos a ele então?


PUDIM DE LARANJA


Ingredientes calda:


açúcar
1 xícara de chá de suco de laranja coado e morno


Ingredientes pudim:


1 lata de leite condensado
1 medida e meia da lata de suco de laranja coado
3 ovos
raspas de casca de laranja (sem a parte branca)


Modo de preparo:


Comece fazendo a calda. Numa fôrma redonda de furo no meio leve o açúcar para caramelizar. Quando este estiver dourado, acrescente a xícara de suco. Deixe em fogo baixo para que dissolva qualquer pedrinha de açúcar formada e reduza o volume pela metade. Reserve.


No liquidificador bata os ingredientes do pudim, exceto as raspas. Após, acrescente as raspas e coloque a misture sobre a calda na fôrma.
Leve ao forno (médio, preaquecido) em banho-maria mais ou menos por uma hora e meia.
Desenforme ainda morno e leve à geladeira.






Meu pudim não resistiu ao dia seguinte. =)

terça-feira, 29 de março de 2011

Doncaster Market Place

Então você decidiu cozinhar...






Já parou pra pensar que a gente prepara o prato duas vezes? Primeiro, na mente. A gente escolhe o prato, então começa a selecionar os ingredientes necessários pelo passo a passo visualizado. Ihhhh...falta alguma coisa na despensa. Hora de ir às compras. Dependendo do que foi decidido, tem que se ver qual é o melhor dia da semana a comprar. Ingredientes secos e molhados encontramos nos supermercados; já as frutas, legumes e verduras frescos são encontrados em feiras livres.






Apesar de que, verdade seja dita, as grandes redes de supermercados "engoliram" as feiras de bairros. Primeiro pela praticidade: você consegue comprar tudo que precisa num só lugar e, como tais mercados compram em grande quantidade, o preço para venda ao consumidor final costuma compensar. Depois pela limpeza.
Lembro de quando eu era pequena costumava ir com meu pai à feira livre. Era divertido porque no final sempre rolava um caldo de cana...ehehe...Mas também me lembro bem da bagunça, do chão de terra muitas vezes todo cheio de lama pela chuva no dia anterior e da gritaria. Cada vendedor querendo chamar atenção à sua mercadoria. Definitivamente isso não combina com o meu "eu" atual.


Lendo um blog de uma amiga, ela cita que um sintoma pra você saber se foi picada pelo "mosquitinho" da culinária é quando você viaja, ao invés de visitar os pontos famosos, você vai direto às feiras e mercados locais.
Bom, eu ainda amo visitar os pontos locais, suas praças, jardins e museus. Mas confesso, gente. O mosquito me picou.


Em minha viagem a Londres conheci uma cidade chamada Doncaster. Uma graça!!! Grande suficiente para ter tudo que você precisa do bom e do melhor, pequena o suficiente pra fugir do caos da capital. E por vários dias fui aos mercados.
Gosto de sentir o dia a dia da gente local. Conheci supermercados, armazéns de bairro, deliveries e a feira livre.
Gente, que diferença!!!!!






Nada de sujeira pelo chão, mau cheiro, gritaria. E os produtos??? Olha só o escândalo que é esse tomate!!!! Parece aqueles que a gente só vê em televisão!!!
A feira fica em volta do Mercado de peixe. E surpresa: não fede a peixe. Ótimo exemplo pra nós... =P


Apesar de estar lá em férias, como fiquei hospedada na casa de uma amiga, nada mais educado do que cozinhar para os anfitriões. E após ter visitado uma feira tão bem abastecida e com um visual tão colorido, sempre voltava mais animada pra encarar a cozinha.
Preparar um prato, por mais corriqueiro que seja, requer uma atenção especial. Fazer com carinho dá sim resultado. Como diz aquela famosa propaganda "é o amooooooorrrr!!!!"
E começar seu preparo desde suas compras faz com que cada prato por você preparado tenha o seu toque, sua energia.
Sua família e/ou convidados agradecem.



segunda-feira, 28 de março de 2011

A Cake Designer do casamento real, em abril/2011


Velha Infância



Interessante como a nossa memória trabalha...Quando menos esperamos, vemos algo, sentimos determinado cheiro, ouvimos uma frase ou uma música, e aquilo nos remete à uma lembrança há muito esquecida em nossa "caixinha de lembranças". Hoje ocorreu algo similar comigo.
Eu estava passando por uma bairro no qual morei em minha infância e de repente me deparei com uma padaria, a mesma que eu ia com minha irmã comprar o pão do café da manhã antes de irmos para o colégio. E nessa mesma padaria, às vezes, íamos eu e meu pai, aos sábados à noite para comprar pão, mortadela e coca-cola. Nossa!!! Lembro como se fosse hoje. Era tão raro entrar coca-cola em casa, que no dia em que fazíamos essa "extravagância", era uma festa.
A partir daí outras lembranças surgiram.


Lembro das muitas vezes em que minha mãe fazia bolo para o lanche e eu e minha irmã disputávamos o pote com o restinho da massa pra lamber. Parecia que o bolo era mais gostoso naquele tempo. E do sorvete de abacaxi que ela fazia - muito raramente porque dava um trabalhão danado. Mas lembro também que eu tinha uma paixão secreta por pêssegos em calda. Mmmmmmm...
O meu pai sempre preferiu as goiabadas. Terminava a refeição, ele já cortava um bom naco do doce na lata.


Minha mãe sempre disse que nunca gostou de cozinhar. Fazia-o porque era obrigada. Mesmo assim o tempero dela sempre foi delicioso.
Ela não me deixou nenhum caderno de receitas. De fato, EU  que fiz um pra mim na época de meu casamento. Sem saber cozinhar quase nada, passei os dias anteriores ao mesmo com um caderno e uma caneta em mãos, seguindo minha mãe pela casa, perguntando como se cozinhava de tudo.
Juro, gente!!! Nesse meu caderno tem de tudo. Feijão, arroz, batata frita, canjica branca, carne assada...
Hoje é meu filho quem diz que por direito de herança esse caderno será dele. Bom saber que quando ele for morar sozinho não vai morrer de fome, ou, quem sabe, quando casar, vai ajudar a esposa nessa tarefa (???).
E minha mãe que diz que perdeu o jeito pra cozinhar esses "extras", hoje em dia pega dicas comigo de como preparar bolos e sobremesas.


O ponto aqui é que cada um de nós tem uma memória culinária guardada. Aquela que só será acionada quando algo der o "click". E tomara que essa sua memória te faça dar um sorriso bobo de satisfação, não importando onde ou com quem você esteja.
Quanto à minha memória, me deu uma vontade louca de comer pão com mortadela e um bom copo de coca-cola. Tin tin!!!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Outras paixões

Enveredando pelo cinema e literatura




Quem me conhece, mesmo que só online, sabe de minhas outras duas paixões: o cinema e a literatura. Desculpem aos comilões de plantão, mas eu não poderia deixar de falar neles. Até porque os meus três amores - doces, filmes e livros - podem estar mais do que conectados.


Sabe aqueles momentos em que você está assistindo a um filme e o personagem fala algo que faz você pular da cadeira? Pois é, isso aconteceu comigo há pouco tempo enquanto eu assistia a "Julie e Julia" em dvd.
Quando perguntada pelo marido o que ela gostava de fazer, a personagem de Meryl Streep, Julia Child (por sinal essa mulher dispensa comentários. Meudeusducéu!!!!!! Ela é um monstro sagrado de Hollywood. Aquela voz dela no filme me dava nos nervos mas era tãããããoooo Julia Child!!!!) responde: "gosto de comer". Eu pulei da cadeira (na verdade pulei da cama, mas isso é só um detalhe...) e pensei "Parem o filme agora!!!!! Essa fala é minha!!!!!".
Por gostar tanto de comer e da culinária francesa, Julia Child decidiu aprender a cozinhar as delícias francesas (olha os franceses aí de novo) e ensinar as mulheres americanas os tais pratos. Daí à ideia de lançar um livro sobre o assunto foi um pulo. Mas engano seu se pensar que foi fácil. Foi uma ralação só que durou anos.
E como a vida imita a arte, que imita a vida, que imita... creio que acabei fazendo o mesmo.


Muita calma nessa hora!!! Não passa pela minha cabeça lançar um livro de culinária. Apenas testar receitas de outras pessoas, criar meus bolos e ser feliz fazendo o que gosto.


Mas ainda falando no filme, ele tem a direção da maravilhosa Nora Ephron, que dirigiu "Harry e Sally", "Mensagem pra você", "Sintonia de Amor". Ela tem um time cômico divino e suas comédias românticas sempre dão bilheteria. Aí vai, então, minha sugestão de filme.


                                           
  
Ainda posso dizer que o filme é baseado num livro e que esse livro conta a história verídica de  Julie Powell, esta uma dona de casa americana que decide espantar sua monotonia de vida fazendo o que gosta: cozinhando. Ela resolve, então, testar todas as receitas do livro de Julia Child em 1 ano. E para não desistir no meio de sua empreitada, ela cria um blog no qual narra todas as suas aventuras culinárias das 524 receitas ao longo de 365 dias. 
Oops!!! Tá faltando dias nesse calendário pra tanta receita!
Mas o fato é que ela deu um jeito e conseguiu. E lançou um livro a respeito. Abaixo a capa original do livro.






Adooooroooo o título do livro: "365 dias, 524 receitas e 1 cozinha de apartamento minúsculo".
E tudo isso, o filme e o livro de Julie Powell, só existiram graças ao livro de receitas de Julia Child.




                                             
Eu estava ou não estava certa ao dizer que minhas três paixões podem estar conectadas?

quarta-feira, 23 de março de 2011

Receita Internacional - Oui, nós temos torta!!!!!

Dá pra acreditar? Sabe aquela popular Torta de Limão que comemos por aí? Aquela mesma. Ela faz parte da culinária francesa, você sabia? Eu não.
É claro que com o passar do tempo nós "abrasileiramos" a receita, mas acredito que no principal a torta dos 2 países é a mesma.
Vasculhando meus livros de receitas, encontrei uma coleção de banca intitulada "Sabores do Mundo", e resolvi testar algumas das maravilhas. Tudo muito bem explicado e cheio de fotos. Huummmm...dá água na boca só de olhar. E constatei que algumas são facílimas de fazer.
Em homenagem à minha irmãzinha que adora tudo que é francês (que o marido dela não nos ouça!!!!), vamos começar pela Torta de Limão com Merengue.


Ingredientes massa:

  • 250g de farinha de trigo
  • 2 colheres (sopa) açúcar
  • 1 ovo
  • 100g de manteiga em temperatura ambiente
Ingredientes creme:

  • 4 gemas
  • suco de 2 limões e raspas de 1
  • 1 colher (sopa) de manteiga
  • 1 xícara (chá) de água fervente
  • 1 xícara (chá) de açúcar
  • 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
Ingredientes merengue:

  • 4 claras
  • 4 colheres (sopa) de açúcar
  • 1 pitada de sal
Modo de preparo:
Numa superfície lisa peneire a farinha, abra uma cova no meio e acrescente os demais ingredientes. Misture bem até integrá-los. Adicione 2 colheres de água gelada pra ajudar na liga  e amasse até que fique homogêneo. Envolva a massa em filme plástico e leve à geladeira por 40min.
Abra a massa e forre uma fôrma redonda untada e enfarinhada (forre o fundo e a lateral). Faça furos na massa com um garfo para não estufar. Asse em forno preaquecido em temperatura média (mais ou menos 10 min, dependendo do seu forno).


Enquanto isso prepare o creme.
Junte a farinha e o açúcar e acrescente a água aos poucos, mexendo para incorporar bem os ingredientes. Leve ao fogo e deixe ferver até engrossar. Depois de esfriar um pouco, junte o suco de limão, as raspas, as gemas e a manteiga e misture bem. Retorne ao fogo, desta vez em banho-maria, mexendo sempre.
Despeje o creme sobre a massa e leve ao forno médio por mais 10 min.
Bata as claras em neve com o sal. Acrescente o açúcar aos poucos até obter o merengue. Cubra a torta com ele e leve ao forno mais uma vez até que o merengue doure.
Sirva a torta gelada.


Ao término você deve ter algo mais ou menos assim...






E voilá!!! Você tem uma típica sobremesa francesa em sua mesa.
Bom apetite!


(Fonte receita: Coleção "Sabores do mundo", chef Hugo Celidônio)

terça-feira, 22 de março de 2011

Pensou em açúcar...




...pensou em doce, a base deste blog. Não importa se o seu algo doce venha na forma de bebida ou sobremesa. O açúcar estará presente. E por que não dizer, nós adoramos o açúcar. Ele nos proporciona energia e animação para encararmos as horas restantes no trabalho, nos faz companhia no trânsito ou naquela aula chata na qual o relógio teima em só andar pra trás.

O açúcar refinado é um alimento relativamente novo na dieta humana. O suco da cana foi transformado em açúcar na Índia, os muçulmanos refinaram a produção, Alexandre o Grande levou-o para a  Europa, Colombo levou-o para o Caribe. Com toda a expansão marítima, o nosso amigo doce passou a ser um passageiro constante em todas essas viagens. Ganhou o mundo.
Hoje sua industrialização tem larga escala e quando vamos ao mercado acabamos por nos deparar com uma gama de tipos, tamanhos e cores de açúcar. Você duvida? Temos o açúcar cristal, muito utilizado na decoração de doces; o açúcar refinado (que tem cerca de 0,5mm de diâmetro), o de confeiteiro (0,060mm), e o impalpável (0,024mm); há ainda o açúcar mascavo, o em torrão, o orgânico... Uffa!!!!

Porém, nem tudo são flores. Muitas pessoas não podem usufruir dessa delícia por questões de saúde, seja obesidade ou diabetes. Os doces e os refrigerantes são os primeiros vilões na lista de qualquer nutricionista e endocrinologistas. Ah! E não esqueçamos os dentistas que execram o açúcar por favorecer o crescimento das bactérias na boca, responsáveis pela cárie.
Todas as formas de açúcar fornecem aproximadamente o mesmo valor energético: 4 calorias por grama. E apesar de ele por si só não ser muito calórico, sua combinação a outros alimentos doces - chocolates e confeitos - o fazem estar presente na lista do "procura-se".

Daí vem a dúvida: comer um docinho ou uma fruta? Não há dúvida de que a fruta é mais saudável, ajuda na digestão de alimentos, tem vitaminas e muitas delas têm o seu açúcar intrínseco, ou seja, natural. Nada contra. Eu mesma sou uma adepta às frutas, bonitas de se ver- num belo arranjo sobre a mesa da cozinha - e ótimas de se comer a qualquer hora do dia. Mas...
Se existe açúcar, se o homem tem a capacidade de criar essas receitas maravilhosas, se eu estou com fome, com licença! Mas eu vou ali comer um docinho e já volto.

(Fonte: Livro "Alimentos Saudáveis, Alimentos Perigosos", Reader's Digest / "O Clube do Biscoito", ed. Bertrand Brasil)

Restaurando a raiz culinária

Parece estranho à primeira vista que uma pessoa que não gosta de cozinhar na rotina possa querer fazer um blog pautado na culinária. Estranho e curioso no mínimo!!!!
Mas este blog é muito mais uma retomada a algo que ouvi de meu filho há pouco tempo.
Mexendo em meus velhos livros de receitas, meu filho me perguntou porque eu os tinha guardado, e em tamanha quantidade. Eu respondi que há muito tempo eu gostava de cozinhar, pegar nos livros de receitas e descobrir quais daquelas receitas davam certo, quais pratos eram os mais gostosos, e eu transformava cada prato feito numa festa em casa: mesa arrumada, todo mundo a postos, um júri pra ninguém botar defeito.
Mas os anos - e as agruras da vida - me fizeram perder esse encantamento. E, com isso, fui parando de preparar minhas receitas sofisticadas e diferentes e me apeguei ao velho e conhecido feijão-com-arroz pra não morrer de fome.
O açúcar havia desaparecido.
Meu filho me encarou e disse "eu queria poder lembrar de você dessa época". Essas simples palavras bastaram pra me fazer querer voltar a cozinhar da mesma forma, com a mesma paixão na qual eu fizera no passado.
Ainda não gosto de cozinhar a "rotina". Prefiro o diferente, o novo, o doce, o ponto alto e final de uma refeição: a sobremesa.

O doce sempre foi o meu forte (ou será o meu fraco???). Quando quis começar a cozinhar, anos atrás, comecei pelo fim, pela sobremesa. Hoje me arrisco a fazer um ou outro prato salgado mais elaborado, mas a sobremesa....aaaaahhhhhh....essa estará sempre presente.

E já que tenho essa paixão, por que não aproveitar e me divertir também?
Divirto-me preparando, divirto-me comendo, divirto-me vendo os olhos revirados das pessoas que as experimentam e se apaixonam junto comigo.

Não tenho pretensão de ensinar a missa ao vigário. Se você fuçar por aí, encontrará "n" blogs maravilhosos de receitas, doces e salgados. Os cake designers estão aí pra não me deixar mentir. Homens e mulheres fantásticos, verdadeiros artistas, que fazem bolos, docinhos, cupcakes, salgados, pra ninguém botar defeito.

Este blog é uma troca de ideias.
É um pouco de açúcar na sua vida.
E pode ser a diferença que faltava na sua rotina.
Seja bem vindo(a)!!!!