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terça-feira, 26 de abril de 2011

E deu-se vida ao conto de fadas...


Já há algumas semanas não se fala em outra coisa a não ser no Casamento Real Britânico. Tudo é motivo para especulação: o vestido da noiva, onde será a lua-de-mel, quem são os convidados, como será o relacionamento da noiva com a Rainha Elizabeth II ou mesmo com sua futura sogra Camilla, e até mesmo se Kate conseguirá ocupar no coração do povo o mesmo lugar da finada mãe do Príncipe William, Lady Diana Spencer.
O ponto em questão é que, mesmo um tanto ultrapassado, o conto de fadas chama a atenção de todos.  Há aqueles que torcem o nariz quando se toca no assunto, mas quem lá no fundinho não tem uma curiosidade, nem que seja mórbida, de saber como deve ser se sentir de plebeia  a, quem sabe, futura Rainha da Inglaterra?

Como bons plebeus que somos gostamos logo de dizer que não importa se são da realeza ou não, eles fazem as mesmas coisas que nós réles mortais: comem, dormem e usam o banheiro. Mas a fascinação pelo conto de fadas vem de longe. Vem de quando éramos crianças e ouvíamos ou assistíamos na TV ou cinema os desenhos maravilhosos, em especial os da Disney, com todo o seu glamour da vida da pessoa simples que se apaixonava pelo príncipe e se tornava também da realeza, como A Bela e a Fera. Ou da pobre menina perseguida por alguém, normalmente alguém que não era da família (a madrasta em Branca de Neve), mas que é salva pelo amor do príncipe.
Todas essas histórias, com seus finais cheios de moral, ajudam as crianças a entender parte da vida que lhe espera mais adiante. A encarar seus medos, a seguir seus sonhos, a ser bom de coração.


Os contos de fadas nem sempre foram assim. Na realidade as histórias contadas de forma oral tinham finais aterradores, assassinatos e cenas sensuais, porque de fato não eram histórias infantis. Mas sim histórias contadas por algum trovador que distraía o povo do vilarejo, sem nenhuma outra diversão à vista.
Giambattista Basile, Jeanne-Marie Leprince de Beaumont, Madame de Villeneuve, Charles Perrault, foram alguns dos nomes desses historiadores famosos entre os séculos XVII e XVIII. No século XIX os Irmãos Grimm passaram a "amenizar" muitas dessas histórias e, a partir deles, Walt Disney (estúdio) fez suas obras primas, como Branca de Neve em 1937; Cinderela em 1950; A Bela Adormecida em 1959 e A Bela e a Fera em 1991.


Hoje já não nos contentamos com o Felizes para sempre. Queremos saber o que se passa na intimidade, na rotina por trás dos muros do castelo. Tornamo-nos "voyers" (observadores da intimidade alheia) por um período de tempo, torcemos contra, a favor, ficamos indiferentes. Posso até dizer que não estou nem aí, que o casamento será do outro lado do mundo, mas ficamos contentes ao saber que o vestido usado no dia do anúncio do noivado era de uma estilista brasileira. Terrinha brasilis estava presente. E vamos combinar, que vestido lindão!


Quer você se interesse ou não pelo assunto, quer você assista ao casamento pela TV ou não no próximo dia 29, tudo bem. Lá no fundo você e eu sabemos que isso não existe pra todos (ou todAS), mas é muito bom saber que com a atitude correta, com ação, com bons amigos e uma pitadinha de sorte, muita coisa boa pode acontecer. Seja na realeza ou não. E isso, minha amiga, os contos de fadas deixaram bem semeados em nossos corações.

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Mas como TUDO a gente pode transformar numa boa piada...nem tudo são flores no "happy ever after..."





Um comentário:

  1. Parabens, Borboleta! Vc além de cake desingner está se saindo uma ótima filósofa!!!

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